quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FREUD SEXO E CRIANÇAS - FASE FÁLICA

FASE FÁLICA


Retornando aos nosso posts sobre desenvolvimento psicossexual, abordaremos hoje a fase fálica. 

"Porque fálica?", você pode vir a perguntar. Fálico vem de falo. De forma mais direta, significa pênis, e, ao longo da história esse mesmo símbolo tem sido um representante do poder, disputa e autoridade (sociedades paternalistas, homens a frente, etc. etc.). 

Enfim, voltando ao nosso foco....

A faixa etária de alcance dessa fase é entre 3 e 5/6 anos de idade. Nessa fase, é comum que a criança comece a autodescoberta de seus órgãos genitais, inclusive manipulando-os e reconhecendo-os como zona capaz de prazer.

Essas descobertas para as crianças de ambos os sexos são refletidas através de uma fixação por essa parte do corpo (o falo), agora desvendada. A diferenciação entre os sexos se torna, para eles, mais nítido, a partir do momento em que passam a notar a presença do pênis ou ausência dele.

A descoberta da menina, no entanto, é diferente. As meninas fazem uma descoberta meramente comparativa, passando a perceber que algumas pessoas possuem pênis (os meninos), enquanto a elas lhes falta.

Freud faz menção ao fato de a menina passar a desejar ter um pênis. Segundo ele, o fato de não tê-lo e a forma como é processada essa informação acarreta em 1 de 3 resultados em seu desenvolvimento sexual.


  1. NEUROSE OU INIBIÇÃO SEXUAL: embora todos conheçam a neurose como termo coloquial, para Freud, a neurose representava um conflito profundo entre aqui que alguém é ou foi de fato e aquilo que desejaria ser (ou ter sido). Este termo era usado por ele para  designar qualquer desequilíbrio mental que causasse angústia ou ansiedade sem impedir ou afetar a racionalidade do indivíduo.
  2. MODIFICAÇÃO DO CARÁTER: desta ramificação, adviria um complexo de masculinidade
  3. FEMINILIDADE NORMAL 
Agora, vamos abordar um detalhe que para muitos ainda é tabu: MASTURBAÇÃO.


Calma, não se apavorem, por mais contraditório que possa parecer, por conta da inocência infantil e o fato de se supor que essas descobertas são realizadas em fases mais tardias, a masturbação não só é normal, como acontece em todas as fases da vida. 

Mais uma vez ressaltamos: a OBJETIVIDADE SEXUAL NÃO ESTÁ PRESENTE NA CRIANÇA NESSES MOMENTOS. A masturbação para ela é uma maneira apenas de descobrir o corpo. Aqui presente principalmente nos meninos, que já despertaram para a existência do pênis e passam a manipulá-lo.

A forma como os pais vão lidar com esse tema pode influenciar de forma profunda o desenvolvimento da criança. De fato, é um tema um tanto quanto difícil e pais podem ser pegos de surpresa e apresentar desde reação nenhuma, até uma reação explosiva (negativa).

A forma de lidar com isso é: O MAIS NATURALMENTE POSSÍVEL.

Em nenhum momento a criança está atuando com intento sexual, para ela, é apenas autodescoberta. Por conta disso, não se deve entrar no assunto sexualizando o ato. Pode-se tentar desviar a atenção da criança para outras atividades, de preferência.

Por hora, ficamos aqui. Aguarde o próximo post!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O MESTRE MANDOU: NÃO USE CARTÕES VISUAIS...


Pais que querem estimular o desenvolvimento do cérebro de suas crianças focam, muitas vezes, em coisas como leitura precoce, flashcards e gravações de linguagem. No entanto, um índice crescente de pesquisas sugerem que brincar de determinados jogos típicos da infância podem ser a melhor maneira de aumentar a habilidade de uma criança obter sucesso em seus anos escolares.
Variações de jogos como "pega-estátua" e "o mestre mandou" requerem níveis relativamente altos de execução funcional, testando as habilidades das crianças de prestar atenção, lembrar de regras e exibir auto-controle - qualidades que também predizem sucesso acadêmico.
"O brincar é uma das coisas mais cognitivamente estimulantes que uma criança pode fazer", diz Megan McClelland, pesquisadora de desenvolvimento infantil na Oregon State University e que tem liderado muito dessa pesquisa.
DESCRIPTIONJames Provost
A chave para jogos educativos é que tenham início com um jogo simples e somar a ela regras que se tornam mais complicadas gradualmente. Por exemplo, pesquisadores da Oregon University tem desenvolvido um jogo chamado "Cabeça aos Pés", que eles utilizam para medir o desenvolvimento de crianças em idade escolar. Inicialmente a criança copia os movimentos do professor, tocando em sua cabeça ou pés. Mas, depois, é esperado que a criança faça o oposto tocando os pés quando o professor tocar sua cabeça, ou a cabeça quando o professor tocar seus pés.
Enquanto a brincadeira pode parecer simples, ele requer, na verdade, um alto nível de desenvolvimento cognitivo para uma criança em idade pré escolar, incluindo foco e atenção, trabalho de memória, atenção a regras, flexibilidade mental (fazer o oposto) e auto-controle.
"Tendemos a equacionar o aprendizado com o conteúdo aprendido, com a informação que a criança possui, ao invés do passo a passo do aprendizado", diz  Ellen Galinsky, pesquisadora de desenvolvimento infantil e autora de "Mind of Making:  The Seven Essential Life Skills Every Child Needs.” “Mas focar no processo de aprendizado, nas execuções funcionais, lhe dá as habilidades de adquirir novas informações, que é o motivo pelo qual tendem a ser tão previsíveis em termos de sucesso a longo prazo."
Pesquisas mostras que crianças que desenvolvem foco e auto-controle precocimente alcançam melhores resultados acadêmicos a longo prazo.
Um estudo, feito com 814 crianças, entre 3 e 6 anos de idade mostra que crianças que se sobressaem em jogos do tipo "o mestre mandou", obtem melhores resultados em matemática e leitura. 
Uma pesquisa menor, realizado com 65 crianças em idade pre escolar mostrou que aqueles que iniciaram o ano escolar com níveis baixos de auto-controle mostraram melhora após a realização desses jogos em sala, incluindo uma versão de "semáforo".
Uma pesquisa da Oregon State reportou que 430 crianças  foram acompanhadas desde a pre escola até os 25 anos de idade. A pesquisa, que foi publicado no Early Childhood Quarterly, observava diversos fatores, incluindo leitura precoce e habilidades matemáticas, além de outras habilidades cognitivas, para ver quais eram de fato as mais influenciais no sucesso universitário. Os resultados foram que a habilidade de uma criança de prestar atenção e completar uma tarefa aos 4 anos de idade, aquelas mesmas aprendidas com os jogos já descritos, foram fatores determinantes para prever se ela teria se formado na faculdade aos 25 anos.
E vocês, o que acham disso? Opinem!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AS PRINCIPAIS HABILIDADES ADQUIRIDAS PELAS CRIANÇAS ATRAVÉS DAS ARTES


Não se encontra reformadores escolares falando muito sobre como precisamos treinar mais professores dentro das artes, dada a atual obsessão com ciências, matemática,  tecnologia e engenharia, mas existe uma liste de abilidades que pessoas mais novas aprendem através desta matéria. Eles servem como um lembrete de que artes – enquanto seu valor intrínseco é reconhecido – também promove abilidades encaradas como importantes para a obtenção do sucesso acadêmico e o sucesso de forma geral na vida. (É por isso que algumas pessoas falam sobre uma mudança no currículo buscando sua ênfase).

Isso foi escrito por Lisa Phillips que é autora, jornalista, blogueira, educadora de artes e liderança, oradora e dona de empresa. Para aprender sobre o livro de Lisa ““The Artistic Edge: 7 Skills Children Need to Succeed in an Increasingly Right Brain World,” clique aqui. Isto surgiu no ARTSblog, um programa do “Americanos pelas artes”.

Por Lisa Phillips
1.  Criatividade – Ser capaz de pensar por si mesmo, imaginar desafios de perspectivas diferentes e pensar fora do padrão irá distinguir seu filho de outras crianças. Em um programa de artes, será pedido a seu filho que recite um monólogo de 6 maneiras diferentes, cria uma pintura que represente uma memória, ou que componha um novo ritmo para aprimorar uma peça musical já existente. Se as crianças praticarem o pensar de forma criativa, esta será uma habilidade que se tornará natural para eles agora e em suas carreiras futuras.

2.      Confiança – As habilidades desenvolvidas através do teatro não apenas lhe treinam para entregar uma mensagem de forma convincente, mas também lhe dão a confiança necessária para dominar o palco. A arte do teatro dá às crianças a prática de sair de sua zona de conforto, também lhes permite cometer erros e aprender através deles durante os ensaios. Esse processo dá às crianças a confiança de atuar diante de um grande número de pessoas.

3.      Resolução de problemas – Criações artísticas nascem através da resolução de problemas. Como posso fazer essa argila se tornar uma escultura? Como posso demonstrar uma emoção em particular através da dança? Como meu personagem reagirá a essa situação? Sem sequer perceber, crianças que participam de atividades artísticas estão sendo desafiadas constantemente a resolver problemas. Toda essa prática de resolução de problemas desenvolve as abilidades de mediação e compreensão. Isso ajudará a desenvolver abilidades de resolução de problemas importantes e necessários ao sucesso em qualquer carreira.

4.      Perserverança. – Quando uma criança pega seu violin pela primeira vez, sabe que tocar Bach naquele momento não é opção; contudo, quando uma criança pratica, aprende técnicas e desenvolve abilidades e não desiste, assim o concerto de Bach torna-se cada vez mais próxima da realidade. Em um mundo crescentemente competitivo, onde é pedido às pessoas que desenvolvam novas habilidades continuamente, perseverança é essencial para a obtenção do sucesso.

5.      Foco – A habilidade de manter o foco é uma habilidade chave no desenvolvimento de trabalho conjunto. Manter um equilíbrio entre ouvir e contribuir exige grande concentração e foco. Requer que cada participante não apenas reflita sobre seu papel, mas como esse papel contribui para o quadro maior que se está criando. Pesquisas recentes mostram que a participação das crianças em aulas de artes melhoram essas habilidades da concentração e do foco em outros aspectos de sua vida.

6.      Comunicação Não Verbal – Através de experiências em teatro e dança, as crianças aprendem a simplificar a mecânica da linguagem corporal. Eles experimentam novas maneiras de se movimentar e como usar esses movimentos para comunicar diferentes emoções. Eles são então ensinados as habilidades de desempenho para assegurar que estão dando ao seu personagem os atributos corretos e transmitindo-os de maneira eficaz aos espectadores.

7.      Saber receber Feedback Construtivo – Receber feedback construtivo  (ou crítica construtiva), sobre uma performance artística ou uma peça visual faz parte da instrução nas artes. As crianças aprendem que essa crítica faz parte do aprendizado e não é algo pelo qual se ofender ou que deva ser levado para o lado pessoal. É algo que visa ajudar. A meta é melhorar as habilidades e avaliação é incorporada a cada passo do processo. Cada disciplina de artes possui parâmetros intrínsecor que asseguram que a crítica é uma experiência valorosa e contribui tremendamente com o sucesso do produto final.

8.      Colaboração – Muitas disciplinas de arte são colaborativas por natureza. Através das artes, crianças praticam o trabalho em conjunto, dividindo responsabilidade e chegando a consensos com os demais para chegar ao objetivo comum. Quando uma criança tem um papel em uma peça musical, teatral ou de dança, ela começa a compreender que a sua contribuição é necessária ao sucesso do grupo. Através dessas experiências as crianças ganham confiança e percebem que suas contribuições possuem valor, mesmo que eles não tenham um papel de destaque.

9.      Dedicação – Quando crianças praticam as artes chegando ao produto final (seja ele uma peça visual ou apresentação), elas aprendem a associar a dedicação ao sentimento de realização. Eles desenvolvem hábitos de trabalho saudáveis através da prática de chegar na hora para ensaios e apresentações, o respeito às contribuições dos colegas e o esforço em prol da realização do projeto. Nas artes dramáticas, a recompensa da dedicação é o sentimento acolhedor da ovação dos espectadores pela qual são tomados, fazendo com que todo o esforço tenha valido a pena.

10.  Responsabilização – Quando uma criança cria algo em grupo, com colaboração, se acostumam com ideia de que suas ações afetam outras pessoas. Aprendem que quando se não estiverem preparados, ou se não chegarem na hora, outras pessoas irão sofrer também. Através das artes, as crianças aprendem, também, que é importante admitir seus erros e se responsabilizar por eles. Erros são uma parte normal do processo de aprendizado das artes e as crianças começam a ver o surgimento deles. Os reconhecemos, deles aprendemos e seguimos adiante.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

FREUD, SEXO E CRIANÇAS - CONHEÇA A FASE ANAL

Então, seu bebê está crescendo e já começa a descobrir o mundo por outros meios que não a boca, certo?
É justamente nesta fase do desenvolvimento geral que as crianças passam pela fase psicossexual ANAL. Calma! Não há o que temer, e vamos explicar a razão disso.

Entre os 18 meses e 3 anos, as crianças encontram-se na fase psicossexual denominada anal. Nesta fase, a criança passa a descobrir (tal qual fez com a boca, o que lhe gerava prazer), o controle sobre os esfíncteres anais e a bexiga. Tudo isto faz parte do processo de auto conhecimento.

É devido a essa descoberta maravilhosa, que a criança passa a conseguir manter o controle sobre suas necessidades fisiológicas. Tá vendo, apesar do nome impactante, essa fase trás coisas maravilhosas, não é mesmo?

Obviamente que a idade com que a criança vai controlar por completo suas necessidades varia de criança para criança, já que a descoberta desse controle, assim como a manipulação em si desses sistemas depende, também, de cada um. Mas, de modo geral, pode-se esperar um controle (durante o dia) até os três anos. Uma fraldinha a noite pode vir a perdurar um pouco mais.

Essa fase também é uma fase conflituosa, pois à medida que a criança descobre o controle, eventualmente descobre também o que advém dela (excrementos, urina). Muitas vezes, curiosa com a descoberta, existe um desejo de manipulação. Os adultos, claro, intervirão nessa metodologia da criança, avisando-a de que aquilo é sujo.

Muitas vezes, há uma dicotomia, pois ao controlar suas necessidades existe o elogio, na falta do controle ou durante as sessões de exploração, virá a desaprovação e a ideia de que a urina e as fezes são sujas. Para ela, essa noção ainda não encontra-se instaurado. Afinal, estão vendo aquilo como parte de si, tomando como premissa seu lugar de origem, por isso deve-se tomar cuidado com a forma como os momentos são abordados.

A criança do sexo masculino passa a reconhecer seu órgão genital. De forma geral, as meninas ainda não, pois nessa fase os meninos são despertados para a manipulação do órgão genital para fins de urinar. Desta manipulação vem o alívio, e assim se dá o despertar e a curiosidade em torno do mesmo, mas em momento algum há atribuição sexual no sentido "adulto" da palavra.

Ficamos por aqui por hoje! Acompanhe nossos próximos posts!