Sigmund Freud é até hoje um dos estudiosos que mais provocam espanto, negativa e positivamente, dependendo do olhar de quem julga seus estudos.
Nascido em 1856, neurologista e estudioso do comportamento sexual humano, desenvolveu uma técnica em disputa até hoje: a hipnose.
Segundo sua teoria, praticamente tudo no ser humano possui origem sexual. Em sendo assim, levou seus estudos à seara infantil, onde estabeleceu a existência de fases de manifestações sexuais desde o nascimento.
Observação: essas fases psicossexuais não fazem referência a atos sexuais em si, por favor, não confundam. Essas fases sexuais dizem respeito aos órgãos e objetos através dos quais as crianças sentem prazer.
1. FASE ORAL - 0 a 18 meses aproximadamente
- FASE 1 - CHUPAR, CHUPAR, CHUPAR...
Para um bebê em fase de amamentação, o seio é a primeira fonte de prazer. É o seio que alimenta, que acalenta, que acalma, que traz o prazer da saciedade e de um elo com a mãe.
É ele objeto de desejo, sendo o objeto total...a mãe. Calma, isso nada tem a ver com Complexo de Édipo ou Electra, ou pode ser que tenha, só Freud explica! Vamos nos aprofundar?
Sendo a boca a primeira parte do corpo controlada pelas crianças, é ela, também o núcleo da libido (inicial) dos pequenos.
À medida que o infante se desenvolve, o normal é que o foco de prazer se transforme em outro. No entanto, alguns hábitos, resquícios dessa fase podem ser levados por toda a vida. Chupar o dedão, morder os lábios, fumar, são apenas alguns exemplos de comportamentos que podem simbolizar uma fixação oral.
- FASE 2 - MORDER, MORDER, MORDER....
Isso leva a criança a morder o seio da mãe, a experimentar novos alimentos, a buscar brinquedos e texturas diferentes para por na boca na esperança de estancar a irritação das gengivas.
Por conta desta fixação é que ocorrem muitas ocorrências de mordidas no infantil I e infantil II.
Existem duas formas de manifestação envolvidas nessa fase. A primeira seria a oral receptiva, onde a manifestação da mordida não reflete qualquer carência emocional ou atraso de desenvolvimento (de forma geral).
A segunda, denominada oral agressiva, reflete um desejo de projeção do lado emocional da criança.
A mordida proporciona prazer à criança e é, para ela, uma forma prazerosa de interagir com o mundo e se descobrir parte dela. Quando se observa a interação das crianças, é fácil perceber que a criança que morde o faz e estuda o mordido, tomando nota de sua reação.
Embora a criança já esteja construindo por si só um banco de dados baseado em ações e reações diariamente, é importante que os pais coloquem limites para estes comportamentos.